Pois que andava aqui a menina a passear pelas noticías do sapo quando se depara com o que não pode deixar de comentar...
Mas o primeiro-ministro, José Sócrates, já recusou uma alteração à lei, afirmando que o casamento entre homossexuais não está na agenda política do Governo, tendo adiado o tema para a próxima legislatura.
Com mais de 20 votos contra, o PS aprovou mesmo a disciplina de voto. O PSD também já se manifestou contra os dois diplomas mas deu liberdade de voto aos deputados do partido, enquanto o CDS-PP, disse respeitar «as opções de vida de cada um», mas recusou modificações à natureza jurídica do casamento.
A posição destes partidos mereceu fortes críticas da associação de defesa dos homossexuais ILGA Portugal, que a classificou como «uma vergonha histórica para a democracia portuguesa».
No dia 10 de Outubro, o que deputados que «votarem contra a igualdade vão dizer é que as nossas relações devem continuar a ser menorizadas, insultadas, vistas como indignas e `diferentes’. Vão reforçar a homofobia, utilizando-a como motivo ou como desculpa», afirma a ILGA Portugal.
Para o antropólogo e activista do movimento contra a homofobia Miguel Vale de Almeida, é «fundamental a aprovação desta lei para mudar a visão dos portugueses e acabar com a discriminação».
«Nos últimos dez anos, o que está acontecer em todo o mundo é que a alteração das leis do casamento são fulcrais para acabar com a descriminação por orientação sexual nas próprias leis e nos próprios Estados e incluir aqueles que reconhecidamente são excluídos», sustentou à Lusa.
Estas leis, acrescentou, tiveram um «efeito pedagógico muito grande» nos países onde foram aprovadas: Noruega, Holanda, Bélgica, Espanha, África do Sul, Canadá e nos estados norte-americanos da Califórnia e Massachusetts, onde já é permitido o casamento homossexual.
Mas a questão não é pacífica entre a sociedade portuguesa. Segundo um Eurobarómetro realizado há dois anos, apenas 29 por cento dos portugueses diziam concordar com o casamento homossexual, numa média europeia de 44 por cento. O inquérito indicava ainda que apenas 19 por cento dos portugueses concordava com a adopção de crianças por casais do mesmo do mesmo sexo.
As principais confissões religiosas rejeitam mesmo a palavra «casamento» para definir a união entre pessoas do mesmo sexo, baseando os seus argumentos nos livros sagrados.
Para o bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, «do ponto de vista da concepção religiosa católica, não pode ter o mínimo fundamento o casamento homossexual».
No entanto, sublinhou o representante da Igreja Católica, a mais expressiva em Portugal, a «Igreja não pode fechar as portas a ninguém» e tem presente o «espírito de compreensão e de solidariedade relativamente a aspectos diferentes, nunca empunhando as armas da cruzada da hostilidade, do desprezo ou da marginalização».
Esta posição é sustentada pela Aliança Evangélica: «Temos um profundo respeito por pessoas que têm orientações sexuais diferentes» e «não pomos em causa os direitos que a Constituição garante às pessoas, mas o casamento é uma instituição divina entre um homem e uma mulher e tudo o que sai fora disso não tem a nossa concordância» segundo o pastor Jorge Humberto.
A Igreja Ortodoxa segue a mesma linha, afirmando que «o casamento é um sacramento religioso de pessoas de sexo diferente».
«Neste caso [casamento homossexual], estamos a falar de um contrato entre duas pessoas», disse o padre Alexandre Bonito, justificando: «É mais um contrato. Não se pode confundir com casamento que, por analogia, não corresponde à situação que queremos definir».
Já o bispo Fernando da Luz Soares, da Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica - Comunhão Anglicana, afirma que a Igreja tem de compreender «a evolução da sociedade e de um conjunto de factores que a liberdade veio expor».
Para a comunidade israelita, «não existe o casamento entre pessoas do mesmo sexo», não concordando que isso se «transforme numa lei».
«O casamento é baseado nos princípios da Bíblia e é heterossexual», sustentou à Lusa o rabino Eliezer Shai.
O Islão também está contra esta união: «Nos textos sagrados, a prática da homossexualidade é considerada ilícita e censurável, quer seja na Tora ou no nosso Livro Sagrado, o Alcorão», afirmou por escrito à Lusa Karim Vakil.
A posição das Testemunhas de Jeová foi tomada em 2005 e publicada nas suas revistas Sentinela e Despertai: «A orientação de Deus é de que o matrimónio seja honroso entre todos o que exclui as uniões homossexuais, que ele considera detestáveis».
Confrontado com estas posições, Paulo Corte-Real, da ILGA Portugal, lembrou que o que está em discussão é «o casamento civil, que não é reconhecido pela Igreja Católica e não tem qualquer efeito do ponto de vista das diferentes igrejas».
Noticia retirada do site Lusa / SOL "
Básicamente tudo o que é religião acha que os Homosexuais não têm direito a casar!!!
Agora digam-me uma coisa, será que nestas religiões não existem Homosexuais ou Lésbicas??? Ou será que por terem uma preferência sexual diferente também não têm direito a ter fé numa determinada religião??? Não me lixem, era só o que mais faltava...
Eu sou Heterosexual e não tenho problema de o assumir, confesso que já fui mais Católica do que sou hoje, mas este é outro assunto que me começa a irritar solenemente!!!
Hoje em dia acho que o casamento, e falo pelo lado católico, é mais pela tradição que outra coisa.
Não me venham dizer que se a cerimónia for religiosa vai fazer com que o casamento dure mais tempo... Era o fazías!
Tou mesmo sem palavras porque me parece que já somos tods crescidinhos e já ninguém é tão idiota a diferenciar as pessoas por terem preferências sexuais diferentes.
Espero sinceramente que a lei seja aprovada, ou melhor a proposta para lei e que realmente tenha 1 efeito didáctico sobre as pessoas. Pode ser que algumas deixem de ser tão TÓTÓS.
Uma ultima nota ao cartaz da polémica e ao caramelo que dá a cara pela pelo Partido Nacionalista.
Tenho a duvida de como é que alguém que até nem é parvo de todo, já que dá aulas senão me falha a memória de musica, pode ter ideias tão retrogadas e estupidas... Espera-se, ou pelo menos espero eu, que alguém que ensine uma disciplina destas seja uma pessoa de fácil trato e de muita sensibilidade. Não quero insultar o Sr. porque nunca falei com o Sr. em questão pessoalmente e nunca o tomei por mal educado. Só parvo pelas ideias que tem. (Mas se eu tenho direito a pensar o que quero, ele também...)
A esse Sr. peçao-lhe que fale com uma colega de história ou até mesmo da área de economia e que lhe explique o O fenómeno que se deu em Portugal senão me engano eu a partir dos anos 50. De qualquer forma vou tentar explicar-vos.
Qual foi perguntam vocês???? Ora deixa cá ver se ainda me lembro correctamente.
A Europa tinha acabado de sair da 2ª Guerra Mundial, e alguns países não ficaram exactamente muito bem a nivel de infra-estruturas e não só. Desses países destaca-se a França.
Portugal na altura não era exactamente rico, estava numa ditadura de Salazar e muita gente passava fome. (Só a titulo de curiosidade porque acham que temos sopas tão ricas??? Não havia mais nada...)
Portanto os portugueses estavam a passar fome e em França era preciso mão-de-obra para ajudar na reconstrução... Não preciso de explicar o resultado.
O dinheiro enviado para Portugal ajudou a que muitos não passassem tantas necessidades, ajudou a economia e benditos os Emigrantes.
E o Sr acha que outros povos que querem tentar a sua sorte em Portugal não o devem fazer.
Sim porque muitos vêm fazer o trabalho que os Portugueses não querem...
Eu assumo que a minha educação foi paga por um Pai que varría ruas e não tenho vergonha nisso. Mas nem todos se vão oferecer para esses serviços, devem ter medo de partir alguma unha e além disso se o Estado lhes paga subsidios para estarem desempregados porque é que vão trabalhar?????
Conselho: Vá gastar dinheiro em coisas que realmente são importantes e deixe lá os cartazes sossegados...
E pronto já descobriram que a menina até sabe alguma coisa de história.
Sou Loura (actualmente) mas não sou mto burra.
Nota se algo que disse está errada agradeço que me digam...