07.10.08

Pois que andava aqui a menina a passear pelas noticías do sapo quando se depara com o que não pode deixar de comentar...

 

 

"Casamento homossexual
A polémica que divorcia partidos políticos e sociedade
O casamento entre pessoas do mesmo sexo simplesmente não existe para as principais confissões religiosas. Os que o reclamam garantem que é um «direito constitucional», mas o tema divide partidos políticos e sociedade.
 O tema vai ser discutido e votado pela Assembleia da República a 10 de Outubro através de dois projectos de lei do Bloco de Esquerda e dos Verdes, que prevêem a alteração do artigo 1577 do Código Civil, que define o casamento como um contrato «entre duas pessoas de sexo diferente».
Mas o primeiro-ministro, José Sócrates, já recusou uma alteração à lei, afirmando que o casamento entre homossexuais não está na agenda política do Governo, tendo adiado o tema para a próxima legislatura.
Com mais de 20 votos contra, o PS aprovou mesmo a disciplina de voto. O PSD também já se manifestou contra os dois diplomas mas deu liberdade de voto aos deputados do partido, enquanto o CDS-PP, disse respeitar «as opções de vida de cada um», mas recusou modificações à natureza jurídica do casamento.
A posição destes partidos mereceu fortes críticas da associação de defesa dos homossexuais ILGA Portugal, que a classificou como «uma vergonha histórica para a democracia portuguesa».
No dia 10 de Outubro, o que deputados que «votarem contra a igualdade vão dizer é que as nossas relações devem continuar a ser menorizadas, insultadas, vistas como indignas e `diferentes’. Vão reforçar a homofobia, utilizando-a como motivo ou como desculpa», afirma a ILGA Portugal.

Para o antropólogo e activista do movimento contra a homofobia Miguel Vale de Almeida, é «fundamental a aprovação desta lei para mudar a visão dos portugueses e acabar com a discriminação».
«Nos últimos dez anos, o que está acontecer em todo o mundo é que a alteração das leis do casamento são fulcrais para acabar com a descriminação por orientação sexual nas próprias leis e nos próprios Estados e incluir aqueles que reconhecidamente são excluídos», sustentou à Lusa.
Estas leis, acrescentou, tiveram um «efeito pedagógico muito grande» nos países onde foram aprovadas: Noruega, Holanda, Bélgica, Espanha, África do Sul, Canadá e nos estados norte-americanos da Califórnia e Massachusetts, onde já é permitido o casamento homossexual.

Mas a questão não é pacífica entre a sociedade portuguesa. Segundo um Eurobarómetro realizado há dois anos, apenas 29 por cento dos portugueses diziam concordar com o casamento homossexual, numa média europeia de 44 por cento. O inquérito indicava ainda que apenas 19 por cento dos portugueses concordava com a adopção de crianças por casais do mesmo do mesmo sexo.

As principais confissões religiosas rejeitam mesmo a palavra «casamento» para definir a união entre pessoas do mesmo sexo, baseando os seus argumentos nos livros sagrados.

Para o bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, «do ponto de vista da concepção religiosa católica, não pode ter o mínimo fundamento o casamento homossexual».
No entanto, sublinhou o representante da Igreja Católica, a mais expressiva em Portugal, a «Igreja não pode fechar as portas a ninguém» e tem presente o «espírito de compreensão e de solidariedade relativamente a aspectos diferentes, nunca empunhando as armas da cruzada da hostilidade, do desprezo ou da marginalização».
 

 

Esta posição é sustentada pela Aliança Evangélica: «Temos um profundo respeito por pessoas que têm orientações sexuais diferentes» e «não pomos em causa os direitos que a Constituição garante às pessoas, mas o casamento é uma instituição divina entre um homem e uma mulher e tudo o que sai fora disso não tem a nossa concordância» segundo o pastor Jorge Humberto.

A Igreja Ortodoxa segue a mesma linha, afirmando que «o casamento é um sacramento religioso de pessoas de sexo diferente».
«Neste caso [casamento homossexual], estamos a falar de um contrato entre duas pessoas», disse o padre Alexandre Bonito, justificando: «É mais um contrato. Não se pode confundir com casamento que, por analogia, não corresponde à situação que queremos definir».

Já o bispo Fernando da Luz Soares, da Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica - Comunhão Anglicana, afirma que a Igreja tem de compreender «a evolução da sociedade e de um conjunto de factores que a liberdade veio expor».

Para a comunidade israelita, «não existe o casamento entre pessoas do mesmo sexo», não concordando que isso se «transforme numa lei».
«O casamento é baseado nos princípios da Bíblia e é heterossexual», sustentou à Lusa o rabino Eliezer Shai.

O Islão também está contra esta união: «Nos textos sagrados, a prática da homossexualidade é considerada ilícita e censurável, quer seja na Tora ou no nosso Livro Sagrado, o Alcorão», afirmou por escrito à Lusa Karim Vakil.

A posição das Testemunhas de Jeová foi tomada em 2005 e publicada nas suas revistas Sentinela e Despertai: «A orientação de Deus é de que o matrimónio seja honroso entre todos o que exclui as uniões homossexuais, que ele considera detestáveis».

Confrontado com estas posições, Paulo Corte-Real, da ILGA Portugal, lembrou que o que está em discussão é «o casamento civil, que não é reconhecido pela Igreja Católica e não tem qualquer efeito do ponto de vista das diferentes igrejas».

                                                 Noticia retirada do site Lusa / SOL "

 

 Básicamente tudo o que é religião acha que os Homosexuais não têm direito a casar!!!

Agora digam-me uma coisa, será que nestas religiões não existem Homosexuais ou Lésbicas??? Ou será que por terem uma preferência sexual diferente também não têm direito a ter fé numa determinada religião??? Não me lixem, era só o que mais faltava...

Eu sou Heterosexual e não tenho problema de o assumir, confesso que já fui mais Católica do que sou hoje, mas este é outro assunto que  me começa a irritar solenemente!!!

Hoje em dia acho que o casamento, e falo pelo lado católico, é mais pela tradição que outra coisa.

Não me venham dizer que se a cerimónia for religiosa vai fazer com que o casamento dure mais tempo... Era o fazías!

Tou mesmo sem palavras porque me parece que já somos tods crescidinhos e já ninguém é tão idiota a diferenciar as pessoas por terem preferências sexuais diferentes.

Espero sinceramente que a lei seja aprovada, ou melhor a proposta para lei e que realmente tenha 1 efeito didáctico sobre as pessoas. Pode ser que algumas deixem de ser tão TÓTÓS.

 

 

Uma ultima nota ao cartaz da polémica e ao caramelo que dá a cara pela pelo Partido Nacionalista.

Tenho a duvida de como é que alguém que até nem é parvo de todo, já que dá aulas senão me falha a memória de musica, pode ter ideias tão retrogadas e estupidas... Espera-se, ou pelo menos espero eu, que alguém que ensine uma disciplina destas seja uma pessoa de fácil trato e de muita sensibilidade. Não quero insultar o Sr. porque nunca falei com o Sr. em questão pessoalmente e nunca o tomei por mal educado. Só parvo pelas ideias que tem. (Mas se eu tenho direito a pensar o que quero, ele também...)

A esse Sr. peçao-lhe que fale com uma colega de história ou até mesmo da área de economia e que lhe explique o O fenómeno que se deu em Portugal senão me engano eu a partir dos anos 50. De qualquer forma vou tentar explicar-vos.

Qual foi perguntam vocês???? Ora deixa cá ver se ainda me lembro correctamente.

A Europa tinha acabado de sair da 2ª Guerra Mundial, e alguns países não ficaram exactamente muito bem a nivel de infra-estruturas e não só. Desses países destaca-se a França.

Portugal na altura não era exactamente rico, estava numa ditadura de Salazar e muita gente passava fome. (Só a titulo de curiosidade porque acham que temos sopas tão ricas??? Não havia mais nada...)

Portanto os portugueses estavam a passar fome e em França era preciso mão-de-obra para ajudar na reconstrução... Não preciso de explicar o resultado.

O dinheiro enviado para Portugal ajudou a que muitos não passassem tantas necessidades, ajudou a economia e benditos os Emigrantes.

E o Sr acha que outros povos que querem tentar a sua sorte em Portugal não o devem fazer.

Sim porque muitos vêm fazer o trabalho que os Portugueses não querem...

Eu assumo que a minha educação foi paga por um Pai que varría ruas e não tenho vergonha nisso. Mas nem todos se vão oferecer para esses serviços, devem ter medo de partir alguma unha e além disso se o Estado lhes paga subsidios para estarem desempregados porque é que vão trabalhar?????

 

Conselho: Vá gastar dinheiro em coisas que realmente são importantes e deixe lá os cartazes sossegados...

 

E pronto já descobriram que a menina até sabe alguma coisa de história.

Sou Loura (actualmente) mas não sou mto burra.

 

Nota se algo que disse está errada agradeço que me digam...

sinto-me: irritada
Desabafado por Guitinha às 15:04

Na minha opinião, a legalização do casamento entre homossexuais, para além de permitir uma maior abertura de espirito e aceitação da sociedade, está, acima de tudo, a permitir que sejam vistos da mesma forma que os hetero em termos legais. Está a dar-lhes direitos.
Basta dizer que um casal homo que viva junto a vida inteira, quando um deles morre, o outro não tem direito a nada. Não podem pedir empréstimos à habitação... enfim... uma série de coisas.
Só não concordo com a adopção. Porque estarão sempre a influenciar as escolhas de uma terceira pessoa.

Quanto ao senhor fascista... nem merece as minhas palavras!
Um país de emigrantes não pode fechar a porta a quem quer vir para cá. Apenas acho que deveria haver um maior controlo de quem entra na nossa fronteira, por motivos de segurança... Mas quem vier por bem, que seja bem vindo!
estouocupado a 7 de Outubro de 2008 às 18:51

O problema é q uma grande percentagem de pessoal q vem... não é a bem... mas isso sao promenores...
QqCoisa a 7 de Outubro de 2008 às 22:16

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